Helenistico
O homem deixou de ser o componente mais importante de uma comunidade restrita e passou a se tornar um simples cidadão de vastos impérios. A perda da importância política individual fez muitos se dedicarem cada vez mais à busca da felicidade pessoal através da religião, da magia ou da Filosofia.
As principais escolas filosóficas do Período Helenístico foram o cinismo, o ceticismo, o epicurismo e o estoicismo. Todas procuravam, basicamente, estabelecer um conjunto de preceitos racionais para dirigir a vida de cada um e, através da ausência do sofrimento, chegar à felicidade e ao bem-estar. Todas as escolas helenísticas trazem certa herança socrática ao admitir que os homens estão submersos na miséria, na angústia e no mal, porque estão na ignorância; o mal não está nas coisas, mas no juízo de valor que os homens atribuem a elas.
Mas se há semelhanças entre as escolas quanto ao modo de conceber a filosofia como terapia da alma, há também diferenças significativas. Há os dogmáticos, para os quais a terapia consiste em transformar os juízos de valor e há os céticos e cínicos, para os quais se trata de suspender todos os juízos. Dentre as dogmáticas, que concordam que a escolha filosófica fundamental deve corresponder a uma tendência inata do homem, dividem-se em epicurismo, que entende que é a investigação do prazer que motiva toda atividade humana, e o platonismo, o aristotelismo e o estoicismo, para os quais, segundo a tradição socrática, o amor do Bem é o instinto primordial do ser humano.
O estoicismo e o epicurismo distinguem-se da filosofia platônico-aristotélica por uma consciência da urgência da decisão moral, mas têm diferenças e semelhanças na forma de conceber o método de ensino
O ensino estoico segue tanto a dialética quanto a retórica, enquanto os discursos epicuristas seguiam uma forma resolutamente dedutiva, isto é, partiam dos princípios para