Mídia sensacionalista
Reposicionamento do jornalismo impresso
HÁLIA COSTA SANTOS
Escola Superior de Tecnologia de Abrantes ~ halia.santos@gmail.com
Resumo: O jornalismo português, seguindo tendências internacionais, está a viver um momento de revisão de conceitos e de práticas. À diminuição de vendas, associada ao desenvolvimento das novas tecnologias e ao acesso generalizado à informação, os jornais respondem com diferentes estratégias: reposicionamentos editoriais, liftings gráficos, produtos associados, lógicas de grupos que lançam o jornalista multimédia. No essencial, independentemente de haver, ou não, descaracterizção dos jornais impressos, o jornalista continuará a ter a missão essencial de informar, numa lógica de credibilidade e criatividade, associada a funções de contextualização e interpretação. Se o seu produto (mais popular ou mais erudito, com ou sem piscares de olhos a novos públicos) se tornar imprescindível, então a sua continuidade estará assegurada. Palavras-chave: Jornalismo, Profissionais, Reposicionamento
Contextualização
À semelhança do que acontece com empresas de outros sectores da actividade económica, as estratégias das empresas de imprensa fundamentam-se na exploração de uma vantagem competitiva. As vantagens competitivas podem ter origem na estrutura e na funcionalidade do produto (neste caso, o jornalístico). (Faustino, 2005:133).
As estratégias de sobrevivência dos jornais encontram-se um pouco por todo o mundo. Warren Hoge, do The New York Times’, deu um claro sinal em relação ao caminho que este jornal quer seguir: “Nós não registamos as notícias. Nós procuramos as notícias”. Entende-se, assim, o slogan promocional deste jornal: “Perspectivas frescas entregues