Helenismo
HELENISMO
A civilização que tomou o nome Helenismo começou a existir em fins do segundo milênio a.C., e preservou sua identidade, desde aquela época, até o seculo VII da Era Cristã. Suas primeiras manifestações ocorreram ás margens do mar Egeu, de onde se propagaram ao Mar Negro e ao Mediterrâneo, expandindo-se finalmente, por terra para o oriente, até a Asia Central e a Índia, e para o ocidente até a costa atlântica da Africa do Norte e Europa, inclusive parte da ilha da Bretanha.
Já que não podemos identificar o Helenismo como um determinado país ou uma determinada língua, como definiremos? Sua essência não foi geográfica ou linguística, mas social e cultural. O Helenismo foi uma forma de vida característica, corporificada numa instituição básica, a Cidade-Estado, e quem se aclimatasse à vida tal como heleno, não importando qual a sua origem e formação. O rei Alexandre I da Macedônia, o clã Ala, o Cita, nômade eurasiático do século V a.C., o general romano Tito Quíntio Flamínio e o sumo sacerdote judeu Josué – Jasão no século II da mesma era são exemplos destacados de heleno adotivos.
O que caracteriza o Helenismo é a utilização da instituição Cidade-Estado como meio de dar expressão prática a uma determinada concepção do universo. No século V a.C., o filósofo helênico Protágoras de Abdera deu forma a tal pensamento, na celebrada frase “ o homem é a medida de todas as coisas”. Na linguagem tradicional judaico – cristã – muçulmana poderíamos dizer que os helenos viam no homem o “Senhor da Criação” e o adoravam como um ídolo, ao invés de Deus. O culto do homem, ou humanismo, não é uma forma de idolatria exclusivamente helênica.
O centro é a principal via de comunicação do mundo helênico foi sempre o mar. Mesmo depois que Alexandre o Grande, estendeu os domínios do helenismo para o interior, no rumo leste e sul, derrubando o Império Persa,