Hegel
Hegel aplicava esse raciocínio à realidade e aos diferentes momentos da história humana. Desde as antigas civilizações do oriente até a concepção de Estado Moderno, constando nesse ínterim, acontecimentos como o surgimento da filosofia, o iluminismo e a Revolução Francesa. Ou seja, a história estaria dividida em três etapas, correspondendo exatamente à TESE, ANTÍTESE e SÍNTESE. A SÍNTESE representa a superação da contradição.
A história da humanidade, segundo Hegel (1770/1831), cumpre uma trajetória dialética marcada por três momentos: tese, antítese e síntese. O primeiro momento remonta às civilizações antigas. Por considerar que o espírito está imerso na natureza, Hegel o classifica como objetivo. O segundo momento, sofre influência dos gregos mas inicia-se realmente com o cristianismo. Hegel o define como subjetivo. O espírito passa a ter o desejo de liberdade a partir da consciência de sua existência. O terceiro momento, chamado por Hegel de síntese absoluta, tem início com a Revolução Francesa, momento em que o espírito consciente controla a natureza. Aparece aí, o Estado moderno, a partir do desejo de liberdade.
Hegel nos apresenta um método que permite compreender o pensamento e a realidade como processo, o movimento como desenvolvimento com base na contradição. Parte do sentido de ser, que é a tese, a qual deverá manifestar-se através da antítese, ou o não-ser. Da contradição entre ser e não-ser, ou tese e antítese, surge a síntese, ou o vir-a-ser. Para Hegel, a ciência do pensamento, em seu modo verdadeiro, deve coincidir com a ciência do ser.
Ao detalhar o momento dialético, Hegel expõe:
“O dialético, tomado para si pelo entendimento separadamente, constitui o ceticismo – sobretudo quando é mostrado em conceitos científicos: o ceticismo contém a simples