Hegel
Ivanor Luiz Guarnieri1
RESUMO: As análises produzidas neste artigo são resultado de pesquisa desenvolvida em torno do problema da concepção de História na Filosofia da História de Marx e Hegel. O sentido universal dos estudos filosóficos permite analisar elementos de ordem ampla sobre os quais se debruçam também os estudiosos da ciência da História. Em vista disso, optou-se por apresentar os resultados da pesquisa direcionando o texto, primeiramente, sobre aspectos da metodologia da história, para em seguida mostrar as perspectivas opostas dos quais partirem Hegel e Marx. Colocando a racionalidade como principal característica do homem, ou como ser de trabalho, Hegel e Marx acabam por construir significados diferentes e concepções opostas acerca dos fundamentos da História. É esta oposição que procura ser esboçada neste trabalho.
Palavras-chave: Filosofia, Filosofia da História, Metodologia de História.
Introdução
A hipótese se há um sentido na história e, em havendo qual seria este sentido, pode ser tomada como fio condutor da exposição que aqui se apresenta, não sem antes fazer algumas considerações.
A história, como ciência, ao menos como nós a entendemos, a partir da criação de cadeiras de história nas universidades, teve um início recente. No século 19, no conjunto de teorias e ciências nascidas no belicoso e imperialista solo europeu, se irá formatar a disciplina de história, no processo de expansão do capitalismo europeu que requeria materiais e matéria-prima para suas indústrias. Por conta disso, foi levado ao território africano o barulho da Revolução Industrial, só que de modo mais aterrador, com tiros e explosões variadas, procurando dominar os habitantes das regiões africanas, ou explodindo montanhas e construindo minas em busca materiais preciosos para a construção de indústrias a se expandirem continuamente.
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Mestre em História pela UFF – Universidade Federal