Havaianas- historia
História
Tudo leva a crer que foi a Zori, sandália japonesa, a fonte de inspiração para a criação das sandálias havaianas em 14 de junho de 1962. Mas a versão nacional trazia um diferencial: eram feitas de borracha. Um produto natural, 100% nacional e que garantia calçados duráveis e confortáveis. Era tão simples a idéia da nova sandália que sua fama se espalhou feito rastilho de pólvora. Em menos de um ano, a São Paulo Alpargatas fabricava mais de mil pares por dia, o que levou ao aparecimento das imitações. A concorrência bem que tentou, mas não contava com a qualidade das “legítimas”, as únicas que “não deformam, não têm cheiro e não soltam as tiras”. Bonita e gostosa, a sandália havaianas se transformou num cult. Em uma marcha do Movimento dos Sem-Terra sobre Brasília, milhares de homens, mulheres e crianças cruzaram o país calçando sandálias havaianas. Na outra ponta, socialites, artistas, o Presidente da República, famosos pezinhos (e outros menos cotados) podem ser vistos dentro de coloridas havaianas. Sem dúvida é a sandália mais democrática que se tem notícia. Calça “do mais pobre ao mais rico” – como disse o escritor Jorge Amado, que não dispensa a calça jeans e um par de havaianas. Elas são a cara de pelo menos três gerações de brasileiros. Passaram pelo movimento hippie, pelos anos 70, 80 e 90. Em 1994 ganharam uma nova versão: as monocromáticas havaianas Top. Uma clara referência a seu posicionamento no mercado: um produto mais caro do que as tradicionais. Mídia e vips foram os primeiros a receber a novidade em mãos. Transformou-se em ícone, em objeto de desejo, em peça obrigatória. Segmentando seu mercado, a São Paulo Alpargatas criou uma versão para cada pé e cada gosto: as Tradicionais; a Top, as Havaianas Brasil, lançadas durante a Copa do Mundo de 98; a Surf; a Fashion; a Fashion Cristal; a