harry potter
Ele tentava se conformar com pensamentos pouco confiáveis, que diziam que ele só estava saindo com Ron Weasley para tirar um sarro eventual da cara dele, se divertir ou, talvez, com toda a sua superioridade Malfoy, por pena, já que, naqueles exatos cinco anos que ele e Weasley haviam começado a se tratar como dois seres humanos civilizados e os mais recentes dois anos em que eles trabalhavam juntos, ele nunca vira o colega (Draco quase pode sentir os ossos dos pais virando pó depois desse pensamento) saindo com qualquer pessoa, romanticamente falando, depois da morte de Granger.
Isso é, agora havia ele. Saindo com Weasley. O mesmo que ele irritara na escola e desprezara com toda a força do seu ser por vários anos consecutivos. Suspirou fundo e olhou para ele, que estava meio distraído agora, olhando para o pub aquecido do qual eles haviam acabado de sair, só para quase congelarem no meio da neve e do vento suave, mas cortante. Mas ele não parecia se importar. E Draco também não.
O começo de uma relação civilizada fora quase espontâneo, de forma que ele não sabia quando e como que ele falara com Weasley sem a intenção de caçoar ou algo parecido. Mas ele sabia – ou achava – que não se dera conta que estava melhorando as relações com Weasley na época. Ele tinha muito mais coisas importantes para se preocupar do que um ex-desafeto de escola.
Então, a guerra acabou e, quase como por milagre, Draco se viu absolvido e pronto para recomeçar sua vida de onde a interrompera. Weasley não teve tanta sorte – perdeu a namorada, o pai e dois irmãos, e se fechou dentro de si mesmo. Draco se lembrava muito bem do dia dos enterros coletivos dos mortos da última batalha. Meio escondido, ele vira Weasley enquanto colocava flores nos túmulos dos familiares e tivera um calafrio de horror com a dor