Harappa
HARAPPA
Juiz de Fora, 25 de janeiro de 2013
HARAPPA
Harappa era uma das cidades - e é um dos sítios arqueológicos - da antiga civilização harappeana até cerca de 1980 conhecida também como “civilização do Vale do Indo”, onde hoje está localizado o Paquistão. Foi esquecida por milênios, e sua existência veio à luz com escavações feitas em 1920. Estendeu-se por mais de 1,5 milhão de quilômetros quadrados, com população em torno de 50.000 habitantes, e seu auge aconteceu aproximadamente entre os anos 2200 e 1900 a.C., mas os primeiros assentamentos organizados foram datados de 2600 a.C. O povo não conheceu classe social. Templos e palácios não foram encontrados nas escavações, e os mortos eram enterrados de forma simples, ao contrário de outras civilizações da Antiguidade que os tratava com rituais e celebrações. Mas a sociedade era dividida de acordo com os trabalhos que os grupos desempenhavam, porém sem muita importância hierárquica. O cultivo do solo era feito de forma bem semelhante aos mesopotâmios, egípcios, chineses e hindus, com canais de irrigação levando a água do Indo até as áreas de plantio e alguns diques ao longo do rio para controlar a vazão das águas. Cultivavam trigo, cevada, ervilha, cézaro, tâmara, arroz e melão. Além do cultivo avançado do solo, os harappeanos também tinham um comércio bem desenvolvido, inclusive com os povos vizinhos. O povo era pacífico e não apresentava uma cultura guerreira, embora possuísse armas como lanças e espadas. Poucas fortificações foram encontradas, mas havia uma cidadela fortificada no centro da cidade, e estima-se que a mesma servia de proteção contra possíveis ataques inimigos. Uma civilização avançada e criativa que gerou uma das primeiras formas de escrita do mundo, ainda não satisfatoriamente decifrada após quase 75 anos de