Hannah arendt
4/12/1975, Nova York, Estados Unidos
Conhecida como a pensadora da liberdade, Hannah Arendt viveu as grandes transformações do poder político do século 20. Estudou a formação dos regimes autoritários (totalitários) instalados nesse período - o nazismo e o comunismo - e defendeu os direitos individuais e a família, contra as "sociedades de massas" e os crimes contra a pessoa.
Sua obra é fundamental para entender e refletir sobre os tempos atuais, dilacerados por guerras localizadas e nacionalismos. Para ela, compreender significava enfrentar sem preconceitos a realidade, e resistir a ela, sem procurar explicações em antecedentes históricos.
Embora fosse de família hebraica, não teve a educação religiosa tradicional judia e sempre professou sua fé em Deus de forma livre e não-convencional. É importante saber desse aspecto porque Hannah dedicou toda sua vida a compreender o destino do povo judeu perseguido por Hitler.
Foi aluna do filósofo Heidegger - com quem teve um relacionamento amoroso - na universidade alemã de Marburgo, e formou-se em Filosofia em Heidelberg.
Em 1929, quando o mundo mergulhava na recessão causada pela quebra da Bolsa de Nova York, Arendt ganhou uma bolsa de estudos e mudou-se para Berlim. Quando o nacional-socialismo de Hitler subiu ao poder, em 1933, ela saiu da Alemanha e foi para Paris, a capital francesa, onde entrou em contato com intelectuais como o escritor Walter Benjamin.
Nessa época, colaborou em instituições dedicadas a preparar jovens para viverem como operários ou agricultores na Palestina - ao mesmo tempo, trabalhou como secretária da baronesa Rotschild, de uma família de banqueiros.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o governo francês de Vichy colaborou com os invasores alemães e, por ser judia, Hannah foi enviada a um campo de concentração, em Gurs, como "estrangeira suspeita". Porém, conseguiu escapar e aportou em Nova York, em maio de 1941.
Exilada, ficou sem direitos políticos