Hannah Arendt e o Totalitarismo
Resenha sobre os artigos de Newton Bignotto; Hannah Arendt – Arendt e o Totalitarismo e de apresentado no Curso de Graduação de Engenharia de Produção da Universidade Federal de São João del Rei
SÃO JOÃO DEL REI
2014
HANNAH ARENDT E O TOTALITARISMO
Para compreender a terrível novidade política do século XX – o totalitarismo e o Holocausto – a filósofa Hannah Arendt elaborou conceitos inéditos, em seu livro As Origens do Totalitarismo. Quando as teorias conhecidas se tornam incapazes de dar conta dos horrores da realidade, é preciso imaginar novas formas de pensar. Hannah Arendt foi uma das poucas personalidades da história intelectual do século XX a se propor esta tarefa. No seu caso, isto se deu de forma articulada com sua trajetória pessoal, já que ela, judia, acompanhou de perto o que se passou na Alemanha de Hitler.
No contexto pós Segunda Guerra Mundial, Hannah Arendt, em sua obra As Origens do Totalitarismo, traz à tona os horrores sofridos pelos judeus nos campos de concentração e denuncia os regimes totalitários. O Totalitarismo é um regime político marcado por um Estado forte, que estende seu poder sobre todos os setores da sociedade, determinando a completa submissão dos indivíduos. No referido período, doutrinas totalitárias, de inspiração nazifascista, surgiram em diversas partes do mundo.
A escritora estava em Berlim, quando os nazistas tomaram poder, em 1933 e foi presa. Escapou para Paris e lá viveu até 1940, quando a França foi invadida, acabou sendo recolhida em um campo de refugiados. Escapando do Nazismo, Hannah Arendt encontrou abrigo nos Estados Unidos, para onde fugiu em 1941. Foi nos Estados Unidos, em 1943, que tomou conhecimento da existência dos campos de concentração na Europa. Se a referência aos campos de concentração, como fundamento da experiência totalitária, é um dos pilares da investigação de Arendt sobre a