hamilton
Filho de Archibald Hamilton, advogado, e Sarah Hutton e o mais jovem de três irmãos e uma irmã, Hamilton foi uma criança prodígio. Tendo a partir dos três anos iniciado a sua educação com o seu tio , o Rev. James Hamilton, um linguista que falava diversas línguas — grego, latim, hebreu, sânscrito, etc. — Hamilton aprendeu a falar diversos idiomas. Diz-se que aos treze anos Hamilton falava tantas línguas quanto a sua idade. Além da maioria das línguas europeias clássicas e modernas, falava ainda persa, árabe, hindustani, sânscrito e até malaio. Quando ele tinha quase dez anos seu tio conta que “A sua sede por línguas orientais é imbatível. Ele agora já domina quase todas, excepto uma minoria de dialetos provinciais. O hebreu, o persa e o árabe têm íntima relação com o sânscrito, no qual ele já é proficiente. O caldeu e o aramaico estão ligados ao hindu, malaio, bengali e outras. Ele vai começar agora o chinês, mas a dificuldade de encontrar livros é muito grande. Fica muito caro supri-lo, mas eu espero que o dinheiro seja bem gasto.” Obviamente ele não falava fluentemente todas estas línguas, mas tinha um conhecimento básico que lhe permitia entender bastante do que lia.
A sua mãe morreu quando ele tinha doze anos e o pai dois anos depois e ele foi dado para adopção. Ele inicia os seus estudos em matemática quando por volta dos dez anos lê Os Elementos de Euclides em latim. Passado dois anos conhece Zerah Colburn uma criança prodígio da matemática que era exibida como curiosidade em Dublin. Este encontro instiga-o a dedicar-se principalmente à matemática e abandona os estudos de línguas. Lê o Arithmetica Universalis de Newton, que foi a sua introdução à análise moderna. Mais tarde começa a lêr os Principia Mathematica e aos 16 anos dominava já grande parte desta obra, além de outras obras modernas em geometria analítica e cálculo diferencial. Neste periodo, Hamilton prepara a sua entrada para o Trinity College de Dublin, onde chegaria a