Haitianos em porto velho: ensino da língua portuguesa e inserção social
Marília Lima Pimentel.
Professora da Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
Elisângela Lima Eurico de Paula.
Graduanda da Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
Resumo
Desde março de 2011, Porto velho é o destino de muitos imigrantes haitianos. De acordo com a Secretaria Estadual de Assistência Social de Rondônia, cerca de mil haitianos estão em Porto Velho. É um fluxo migratório que visa a busca de trabalho para reconstruírem suas vidas e ajudar seus familiares que deixaram em seu país. O Laboratório de Estudos da Oralidade – LEO, vinculado ao Núcleo de Ciências Humanas da Unir, em parceria com a Pastoral do Migrante, realiza um projeto de extensão, junto ao grupo de haitianos cujo principal objetivo é ensinar a língua portuguesa, para que esses imigrantes possam ser inseridos da melhor forma possível no mercado de trabalho no Brasil, especificamente em Porto Velho. As aulas são ministradas duas vezes na semana. Participam desse projeto, além de professores de Letras, Ciências Sociais e História, alunos dos cursos de Letras e Psicologia da Universidade Federal de Rondônia. Os estudantes haitianos aprendem também noções de direitos e deveres trabalhistas, história e geografia do Brasil e, sobretudo da Amazônia, com ênfase ao estado de Rondônia. Utilizam-se as noções de gênero da teoria bakhtiniana e o método sociointeracionista. Nosso objetivo é discutir o ensino de língua portuguesa como língua estrangeira e, também como forma de inserção social. Além de refletir sobre as influências do aprendizado do português na ressignificação da identidade cultural desses imigrantes.
O Haiti
O primeiro país latino americano independente tem em sua trajetória um caminho político, social e econômico instável até os dias de hoje. Revolta, golpes e repressões marcaram o povo haitiano. Hoje a “Pérola do Caribe”, tornou-se uma das nações mais pobres da América Latina. Desde