Habitações operárias na revolução industrial
Uma das consequências da revolução industrial foi a explosão demográfica nas cidades, que por consequência gerou uma falta exacerbada de moradias. É nesta situação emergencial que começam a surgir várias iniciativas de construção de habitações operárias, como a proposta do filósofo francês Charles Fourier em 1822 com o seu Palácio Societário, também conhecido como Falanstério, que seria um grande edifício para servir não só como moradia para 3.500 trabalhadores, mas também abrigaria equipamentos de uso coletivo que complementariam a vida doméstica comunitária, o que foi considerado utópico na época. Uma enquete realizada em 1867 indicou que dos 6 milhões de operários cerca de 65 mil moravam nas instalações da empresa, principalmente no norte e no leste da França. Alguns trabalhadores, com mais méritos, possuíam casas individuais, porém a maioria era instalada em casernas ou mesmo dentro das fábricas, em grandes dormitórios comunitários. Depois de comprovado cientificamente que os chamados “bairros maus”, onde os operários ficavam apinhados, era foco de todos os males e epidemias da época e que, passado um tempo essas epidemias eram levadas para os outros pontos da cidade onde habitavam os senhores capitalistas, ou seja, eles próprios também acabavam sofrendo as consequências da falta de higiene e total insalubridade dessas habitações precárias, esse senhores capitalistas começam então a mobilizar-se no sentido de melhorar a qualidade de vida desses trabalhadores. Fundam-se sociedades, escrevem-se livros, surgem propostas, decretam-se alguma leis para tentar acabar com esses focos de epidemias que acabam sempre por voltar.
Vilas operárias
A partir do final do século XIX a Europa via-se tomada por várias experiências de vilas operárias, a maioria formada por casas isoladas, geminadas duas a duas, em blocos de quatro ou enfileiradas e sempre próximas às fábricas. Essas habitações eram versões simplificadas e da habitação burguesa, geralmente