VILAS OPERÁRIAS COMO PATRIMÔNIO INDUSTRIAL. SUB-TÍTULO: VILAS OPERÁRIAS... COMO PRESERVÁ-LAS?
OPERÁRIAS... COMO PRESERVÁ-LAS?
Regina Helena Vieira Santos
FIAM-FAAM, SP rhvs@usp.br; rehvieira@uol.com.br
Arquiteta – D.P.H. - Departamento do Patrimônio Histórico/PMSP
RESUMO
Este trabalho apresenta um breve panorama da urbanização da cidade de São Paulo, focando de meados do século XIX até as primeiras décadas do XX, estimulado pela industrialização, atento a habitação aos menos favorecidos, que sempre teve grande demanda e falta de ações efetivas, esta população encontrou nos cortiços a solução de moradia. As Vilas Operárias começaram a ser edificadas na cidade posteriormente, por empresários dentro de regras estabelecidas pela municipalidade. Em virtude das mudanças no cotidiano da cidade e na rotina do homem que vive uma nova Revolução Industrial, caracterizada pela informática e a velocidade da informação, praticamente um século após sua implantação, a ideia é discutir como e por que preservá-las.
Palavras-chave: Vila Operária – Preservação – Patrimônio Industrial
ORIGENS
A partir da metade do século XVIII, fenômenos decorrentes da Revolução Industrial foram atingindo com maior ou menor atraso, as cidades européias: aumento da população nas áreas urbanas, migração das áreas rurais e mecanização dos sistemas de produção.
A população na Inglaterra, em meados do século XVII, era de cerca de 6.000.000 habitantes; em 1801, era 8.892.000 habitantes; e após trinta anos, 1831, eram
14.000.000 de habitantes. Este grande crescimento ocorreu devido a principalmente a redução das taxas de mortalidade; com melhorias higiênicas pessoais, e na alimentação; melhoria das instalações públicas com o progresso das técnicas hidráulicas – redes de esgotos e de abastecimento de água mais eficientes; qualidade superior das moradias, como a separação entre a casa e a oficina; além dos progressos na Medicina, incluindo a melhor organização dos hospitais. O aumento populacional foi seguido