A INSER O DA VILA OPER RIA

A INSERÇÃO DA VILA OPERÁRIA COMO OPÇÃO DE MORADIA E SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

A urbanização na Europa teve inicio a partir do século XIX, juntamente com a Revolução Industrial, que destacou o problema de alojamento para operários. Gerou-se uma grande explosão demográfica nas cidades, bem como a falta de moradias. Foi constatado na exposição universal de 1867 que, dos seis milhões de operários, 65 mil moravam nas instalações da empresa, principalmente no norte e no leste da França. Essa situação de emergência resultou em várias iniciativas na construção de habitações operárias. Desde então, a Europa foi tomada por várias experiências de vilas operárias, conjuntos de casas construídas pelas indústrias para serem alugadas a baixo custo ou mesmo oferecidas gratuitamente a seus operários. Essas realizações contribuíam para a manutenção das relações sociais e trabalhistas entre patrões e empregados, ocasionando um barateamento da força de trabalho. Este modelo de habitação foi posteriormente seguido pelo Brasil para o abrigo dos imigrantes europeus na chegada à cidade de São Paulo.
Existem duas modalidades diferentes de vilas operárias: a primeira, como assentamento habitacional da empresa, patrocinada por ela e voltada a seus funcionários, e a segunda é particular, habitação promovida por investidores privados, voltada ao mercado de locação. Dessa forma habitação casa operária deixa de ser alvo de filantropismo, e passa a ser alvo para investimento de capitais. O mercado consumidor urbano sofreu grande crescimento, bem como a demanda pelas novidades, em um processo tipicamente capitalista.
A maioria das casas construídas em São Paulo até 1910 era de posse de investidores onde companhias construtoras as construíam em terrenos próximos aos das fábricas, a baixo custo e com objetivo específico de aluguel. Da mesma forma, algumas cooperativas também investiam na construção de casas para aluguel. Ao criar incentivos para a construção de habitação operária, o poder