Habitação em São Paulo
Este artigo trata de como a metrópole de São Paulo sempre possuiu uma grande parte da população em situação precária, em questão de habitação e de disponibilidade de equipamentos urbanos. Antigamente, no início da formação da grande cidade, essa situação atingia somente as camadas mais pobres da população, mas cada vez mais vem envolvendo outras camadas. Devido essas condições, que se acumulavam no perímetro central da cidade de São Paulo, as autoridades estimulavam a construção de habitações em subúrbios urbanos, a fim de valorizar a área central e levar a população mais pobre para "fora". Porém, o resultado disso foi uma grande expansão da cidade desproporcional com a disponibilidade de habitações e equipamentos urbanos, reforçando as desigualdades e a segregação.
O objetivo do texto é discutir se a transformação habitacional de 1970 influenciou no padrão do crescimento da cidade. Esse período foi a época da crise da habitação, que houve redução da oferta de lotes e aumento de preço destes. Isto gerou um aumento de desigualdade e mudou toda a segregação da população, resultando em condições mais precárias para os paulistanos, e a cidade então, torna-se mais afastada da possibilidade de se obter uma moradia digna, que disponha de instalações adequadas que garantam condições e que seja atendida por serviços públicos essenciais.
Entre a população com condições de moradia precária estão os favelados, encortiçados, domicílios improvisados e moradores de rua, que fazem parte de quase 20% da população de São Paulo. Contudo, é importante que o poder público atue no melhoramento dessas habitações a partir de novos instrumentos legais e urbanísticos, para que São Paulo não continue vivendo nestas condições urbanas precárias.