habitação de interesse social
INTRODUÇÃO
A Constituição brasileira defende o direito à moradia adequada a todos os habitantes, disso muitos de nós sabemos. Contudo, o que se pode observar nas cidades nas quais vivemos é que esse é um dos direitos mais desrespeitados, seja pelo poder público, pela especulação imobiliária ou por nós mesmos.
Poderia tratar aqui de todas as inúmeras derivadas que esse assunto permite, porém escolhi apenas uma das vertentes; o comportamento humano perante a exclusão territorial e suas consequências, mais diretamente dos que habitam em áreas sem infraestrutura.
A atenção que hoje é voltada para as periferias e aglomerados urbanos precários é um cenário novo pelo qual estamos passando. De duas décadas pra cá, o poder público resolveu dar uma satisfação à sociedade e começou a buscar gestões que demonstrassem que algo estava sendo feito. Por isso, vivenciamos discussões que foram desde a construção do muro que dividiria as favelas do Rio de Janeiro em 2009, até a criação de inúmeros concursos públicos direcionados a urbanização de favelas.
Com isso, vários projetos de qualidade foram criados por escritórios renomados de arquitetura, sendo um deles – O Parque Novo Santo Amaro V. Projeto que escolhi para desenvolver minha linha de raciocínio.
Durante a Semana Integrada do CEATEC realizada na Puc Campinas, tive a oportunidade de escutar o autor desse projeto, Hector Vigliecca acerca das problemáticas que o comportamento humano gera na utilização da arquitetura proposta. Segundo ele, uma das condições para a implementação do projeto era que a relação dos moradores com o espaço já existente; e criado por eles fosse respeitado. Por isso, buscou desenvolver um desenho que integrasse as paisagens e não delimitasse que ali seria uma área restrita ao uso de alguns, e sim de todos os moradores. Contudo, após o projeto estar quase finalizado, um dos pedidos da associação dos moradores foi que o