Habermas
A Esfera Pública engloba as necessidades da sociedade e o Estado, ela é mediadora entre o Estado e a sociedade, na qual o público se organiza como portador da opinião pública, mas para que essa opinião pública seja formada, tem que existir a liberdade de expressão, de reunião e associação, o acesso a tais direitos deve ser garantido a todos os cidadãos.
Os cidadãos se comunicam de maneira irrestrita, sobre assuntos de interesse geral, e não se comunicam privadamente. Em Sociedades de grandes escala, esse tipo de comunicação requer meios específicos para transmissões de informações, ou seja por televisões, revistas e jornais (mídia da esfera pública).
Surgimento da esfera pública ocorreu no final do século XVIII, com a luta para o fortalecimento de uma monarquia constitucional, com objetivo de transformar uma autoridade arbitrária em autoridade racional.
Esse surgimento visava mais para um governo representativo e uma constituição liberal, amplas liberdades civis básicas perante a lei.
Deduz que as exigências por reformas estatais e governamentais eram mais o efeito do que a causa da formação da esfera pública.
Segundo a análise de Habermas, o modelo de esfera pública apresenta problemas estruturais no âmbito discursivo da comunicação pública.
A esfera pública, dominada pelos meios de comunicação de massa e infiltrada pelo poder, torna-se um cenário de manipulação da busca por legitimidade.
Onde no século XIII, a opinião era dada na forma de debate racional crítico, no século XX, revelou-se como uma força manipuladora da própria prática politica (A esfera pública torna-se um cenário para interesses privados.
O modelo de uma esfera pública despolitizada tornou-se questionável por não fornecer um critério normativo plausível sob o qual poderia emergir uma formação discursiva da opinião e da vontade política e se desenvolver legitimidade democrática.