Gênese da questão social

A expressão questão social começou a ser utilizada na terceira década do séc. 19, que é o resultado do capitalismo industrial, no qual crescia da mesma forma que aumentava a produção, surge para nomear o fenômeno do pauperismo.
A questão social é a expressão da contradição entre capital e trabalho, e da um desafio histórico, que resulta das contradições concretas entre o capital e trabalho, a partir do moderno processo de industrialização capitalista, que tem como determinantes o empobrecimento da classe trabalhadora, e com a consciência dessa classe surge a luta contra seus opressores.
Contradição essa que vem do desenvolvimento da sociedade, em que o homem tem acesso a cultura, natureza e as forças produtivas do trabalho social. Enquanto do outro lado, cresce a distância entre concentração/acumulação de capital, aumentando a miséria, a pauperização.
Uns dos processos desencadeador da questão social, foi a industrialização e urbanização, sendo que dessa forma as relações sociais e econômicas pré-industriais foram desmanteladas pelo avanço das forças produtivas. Para que a pobreza fosse a condição estrutural da questão social, precisou primeiro ser politicamente problematizada. Sendo assim, os graves desafios atuais são produtos da mesma contradição entre capital e trabalho, que gerou a questão social no século XIX, mas que, assumiram enormes proporções e não foram suficientemente problematizados.
Então, a questão social só se torna questão social, quando ela for problematizada o suficiente, reconhecida e assumida por um dos setores da sociedade, com o objetivo de enfrenta-la e torna-la pública para que assim seja transformada em demando politica, no sentido de resolver o problema. Pois não basta somente reconhecer em quanta realidade bruta da pobreza e da miséria, é necessário ser problematizada em seus dilemas.
Assim, a questão social só se apresenta em suas objetivações, em projetos que determinam prioritariamente o capital sobre o trabalho, em que