Gênero Utilitário
Segundo José Marques de Melo (2007), o gênero jornalístico utilitário, também conhecido como jornalismo de serviço, tem como características a prestação de serviço e a atualidade, sem o dever de se tratar de uma novidade em si, embora trate de informações que ajudam o consumidor da notícia a tomar decisões sobre o cotidiano. Tendo surgido no final do século XX, ele é o gênero jornalístico mais recente e tem como objetivo principal, oferecer ao receptor a informação que ele necessita ou que lhe será útil em algum momento. Marques de Melo classifica o gênero utilitário em quatro formatos principais: o Indicador, que fornece dados do dia-a-dia como meteorologia, cenários econômicos e necrologia (missa de sétimo dia e notas de falecimento); o Roteiro, que são os dados indispensáveis ao consumo de bens simbólicos como lançamentos de filmes e assuntos culturais; a Cotação, que é a informação sobre as variações dos mercados monetários, industriais e agrícolas; e o Serviço, que são as informações destinadas a proteger os interesses dos usuários dos serviços públicos, dos consumidores de produtos industriais ou de serviços privados. É possível que haja uma variedade de formatos desse gênero, já que é o mesmo tem conquistado espaço na mídia, sendo essencial aos consumidores da informação. Sendo assim, a preocupação com a veracidade de cada informe precisa ser redobrada, porque além de ser acessível a todos os públicos seja por jornal, revista, internet, televisão, rádio ou qualquer outro meio de comunicação, o jornalismo utilitário provoca ações ou reações de quem o consome, podendo alterar a rotina da população. O gênero utilitário e o jornalismo como um todo, portanto, tem o papel social de informar o cidadão sobre os acontecimentos da sociedade, de maneira a lhe permitir que tome decisões determinantes para sua rotina, seu bem-estar e até para o bem comum de toda população.