Gênero: Homofobia

A verdade é que a sociedade julga. Se estiver triste serão poucos os que lhe ajudarão e irão te apoiar, te colocar pra cima, a maioria simplesmente vão arrumar um jeito para te deixar pior, você poderá ainda mesmo estar feliz, mas eles se incomodarão com sua felicidade e com certeza se você não for forte o bastante, não segurara essa felicidade por muito tempo . Eles julgam se não tivermos o corpo ideal, representantes de beleza de manequim, se não fomos aquele consumidor ou não tivermos o produto que nos manipulam até realmente acharmos que precisamos, nos descriminam pela nossa opção sexual, raça ou escolha de religião, e não vão ligar se você está feliz do seu jeito, nem vão se importar de lembrar que todos somos diferentes e somos livres para seguirmos e escolhermos nossa própria vida. Eu, assim como várias pessoas que não seguem a normalidade da tradição que eles falam ser a correta, vivia em uma sombra, por muito tempo posso dizer que fui feliz, não por completo, na verdade ninguém é feliz por completo, mas feliz. Porém chega um dia que cansa, tudo parece ficar mais pesado, fica cada vez mais difícil ter que se esconder para ser feliz, ter que esconder parte de quem você é, era como viver com uma máscara, viver com receio e medo de que me recriminem e eu acabe sendo a próxima vítima da cruel banalidade de pessoas homofóbicas, ou que me repreendam com aqueles olhares frios de desprezo. Foi quando no final tomei coragem que a muito tempo vinha juntando, aos poucos, a cada dia, lentamente fui ganhando mais forças ao lado da pessoa que me fazia tão feliz mesmo nos encontrando nas sombras e na beira da sociedade. Então falei a minha família da minha opção sexual, tentei explicar que não tem como escolher quem vai amar, simplesmente se ama. Foi um dos piores momentos da minha vida. Minha mãe gritou por diversas vezes, dizia que isso não é correto porque eu tinha que ter uma família e um marido, cuspiu, me bateu, dizia sentir nojo de mim, de quem eu sou, de como eu