Guia pratico para calculo de recursos e reservas minerais
J Grossi e Jorge Valente, com contribuições de Elpídio Reis, Ronald Fletcher, Vitor Hugo Castro e outros
Versão Primeira – Junho de 2003 INTRODUÇÃO
O presente guia foi preparado no período de 2000 a 2003, e serviu como base de sugestão ao Codigo Brasileiro de Calculo de Recursos e Reservas ainda não publicado .
Nos últimos anos nota-se uma tendência internacional para utilização, mesmo que com modificações, do esquema adotado pelas companhias de mineração da Austrália, que é o “Australasian Code for Reporting of Identified Mineral Resources and Ore Reserves”, ou “Australasian Code”, elaborado pelo “Joint Ore Reserves Committee (JORC)”; este comitê foi instituído pelos organismos denominados “The Australasian Institute of Mining and Metallurgy”, “Australian Institute of Geoscientists” e “Australian Mining Industry Council”, em 1989. A versão final deste código foi aprovada em 1999 (“JORC Code”), ocasião em que se transformou em “regulamento” oficial na Austrália. O que diferencia esta regulamentação australiana é que, além de apresentar a classificação e as definições para recursos e reservas, qualifica as “pessoas com competência” para conduzir todas as fases da exploração mineral, inclusive a avaliação; finalmente, estabelece diretrizes (“guidelines”), para reportar ou rever recursos e reservas minerais.
Numa primeira análise, questões semânticas afloram, imediatamente, nos diversos sistemas classificatórios, especialmente no que concerne ao significado de palavras como “recursos”, “reservas” e “minério”. Simplificando-se as definições, considera-se como “RECURSO” aquele material disponível, em quantidade e qualidade adequadas para uso industrial, mas que não foi submetido a uma avaliação econômica; “RESERVA” é o recurso disponível para lavra e que pode ser produzido economicamente, em função de custos, demanda e preços atuais (deve ser lembrado que muitas minas