GUIA APOIO ÁS FAMILIAS DE DOENTES PSICOTICOS
(Psicoeducação)
Elaborado por: ENF.ª Ana Felicíssimo
Supervisão clínica: Dra. Sheila Sousa
Santarém 2008
Lembre-se que estará mais apto a ajudar o seu familiar, quanto mais conhecimentos tiver da doença!
IDENTIFICAÇÃO
A perturbação Psicótica inscreve, sem dúvida, uma ferida profunda na personalidade do indivíduo colocando em causa de modo extraordinário e intenso toda uma série de particularidades próprias de um ser psicossocial: as suas capacidades de comunicação, a sua maneira de apreender o real, de conceber e lidar com as situações sociais, com o passado, o presente e o futuro.
Para o doente psicótico “Tudo é estranho e nada faz sentido”.
A Esquizofrenia – provavelmente o tipo mais conhecido de transtorno psicótico – representa uma das doenças mentais mais graves e incapacitantes do mundo, não só para o doente mas também para toda a sua rede de relações sociais e familiares. É uma perturbação grave que leva o doente a confundir a fantasia com a realidade e que geralmente conduz a modos de vida inadaptada e ao isolamento social.
Os esquizofrénicos podem escutar vozes e acreditar que outros estão lendo e controlando seus pensamentos ou conspirando contra si para prejudicá-las.
A esquizofrenia é complicada de ser diagnosticada no início, pois os primeiros sintomas da doença surgem numa fase da vida na qual eles podem ser confundidos com a crise típica da adolescência (quebra do rendimento escolar, mudança de amizades, problemas em dormir, irritabilidade , isolamento ou o início de uma toxicodependência). Somente na fase mais avançada podem surgir sintomas mais perceptíveis como alucinações.
A identificação da doença também é prejudicada, pois