Guerreiro
Bahia, recebeu orientação por parte de um padre de origem alemã, pertencente à ordem dominicana,
Dom Béda Keckeisen O. S. B., que foi, durante a sua jeventude, uma espécie de mentor.
Nos anos 30, aos dezessete anos de idade, Guerreiro Ramos já despontava, no meio cultural da classe média baiana, como um promissor intelectual, escrevendo ensaios regularmente para o diário
O Imparcial e para algumas revistas literárias de circulação nacional,No final desta década, mais precisamente em 1939, o então jovem aspirante a poeta, auxiliado por uma bolsa de estudos fornecida pelo governo da Bahia, seguiu para o Rio de Janeiro, a capital do país, onde buscaria concretizar a sua aspiração de poeta.
No Rio de Janeiro, Guerreiro Ramos ingressou na primeira turma de ciências sociais da Faculdade
Nacional de Filosofia (FNFi), da Universidade do Brasil, graduando-se neste curso em 1942, e em
Direito, curso que havia iniciado em Salvador, em 1943.Os anos quarenta seriam, para Guerreiro
Ramos, decisivos em termos da opção que viria a tomar em favor da continuidade de suas reflexões nas ciências sociais, distanciando-se da sua intenção primeira de ser poeta. Nessa década, ele atuou em alguns órgãos do governo, entre os quais vale destacar o Departamento Nacional da Criança
(DNC) e o Departamento Administrativo do Serviço