GUERRAS DA UNIFICAÇÃO ITALIANA
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Desde a queda do Império Romano no século V, a Itália consistia em uma série de reinos e cidades-estado rivais, disputados e muitas vezes controlados por potências estrangeiras, em especial Espanha e Áustria.
Em 1796, Napoleão Bonaparte invadiu o norte da Itália para expulsar os austríacos. O domínio francês foi estabelecido no noroeste e na região central, enquanto o resto foi reorganizado nos reinos da Itália, ao norte, e da Sicília, no sul. O fracasso de Napoleão em unir a Itália levou os patriotas a formarem sociedades secretas, como a dos Carbonari, para lutar pela unificação.
Depois da derrota de Napoleão em 1815, os governantes e as fronteiras da Itália de antes da guerra foram restaurados, mas com a Áustria dominando um reino combinado Lombardia-Vêneto no norte e controlando três pequenos ducados no centro. A restauração provocou levantes em Nápoles, em 1820, no Piemonte e em Palermo, em 1821, e em Módena e nos Estados Pontifícios em 1831. Todos foram esmagados.
Os reveses, no entanto, estimularam um ressurgimento do nacionalismo. Radicais liderados por Giuseppe Mazzini e outros exilados na França organizaram o movimento Jovem Itália para substituir as antigas sociedades secretas e lutar pela unidade italiana. O movimento foi encorajado por Carlos Alberto, o novo rei do Piemonte e da Sardenha.
Primeira guerra italiana (1840-1849)
Em 1848 eclodiu uma revolução na França que repercutiu por toda a Europa. Os protestos estenderam-se até a áustria em março, com rebeliões contra o domínio austríaco irrompendo em Milão, na Lombardia e em Veneza. Aproveitando a debilidade austríaca, o rei Carlos Alberto, de Piemonte, declarou guerra à Áustria para expulsá-la da Lombardia e Veneza declarou sua independência.
O marechal austríaco Josef Radetzky retirou suas tropas de Milão e levou-as para o Quadrilátero: as cidades fortificadas de Verona, Mântua, Peschiera e Legnano. O Exército Piemontês