guerra
As constantes tentativas dos pequenos reinos balcânicos de se livrar do domínio austro-húngaro, buscando nos russos apoio e proteção, eram um dos fatores responsáveis pelo aumento da pressão na Europa. Havia ainda problemas de fronteira entre Alemanha e França, pois Paris desejava recuperar a região da Alsácia-Lorena, cedida ao império germânico após a derrota na guerra de 1870. Além disso, a corrida expansionista das principais potências na África e na Ásia seria um combustível para a deflagração do conflito.
Todas essas hostilidades levaram à formação de dois blocos: a Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria e Itália) e a Tríplice Entente (Grã-Bretanha, França e Rússia). Diante do clima belicoso, as potências desenvolveram rapidamente suas indústrias de armamentos: se havia paz, só podia ser – como foi sucessivamente definida – uma “paz armada”.
Foi assim que os tiros dos nacionalistas bósnios acabaram arrastando, em poucas semanas, vários países para o conflito. Acusando o governo da Sérvia de proteger os responsáveis pelo atentado, o Império Austro-Húngaro declara guerra ao país, o que provoca uma resposta da Rússia. Com a mobilização do enorme exército do Império Russo, não restava alternativa para os alemães a não ser lutar. Seu plano bélico, conhecido como “Schlieffen”, elaborado pelo antigo chefe do Estado-Maior do Exército do II Reich, Alfred Von Schlieffen (1833-1913), implicava uma rápida vitória contra os franceses, antes que os russos, mais lentos, pudessem ameaçar suas fronteiras orientais. O ataque alemão à