Guerra e Cruzada
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
Disciplina: História Medieval I
Docentes: Carlile Lanzieri
Discentes: Adão Silvio dos Santos
CARDINI, Franco. Guerra e Cruzada. In: Dicionário temático do ocidente Medieval. Bauru São Paulo: Edusc / Impressa Oficial do Estado de São Paulo, 2002, v. 1. 473-487.
O texto em questão é uma boa base do significado da guerra no período denominado Idade Média, ele mostra bem as bases, quem podia se armar, quem combatida, pelo que se combatia, assim como a questão das cruzadas, usarei algumas citações que achei centrais no texto.
“Três fenômenos maiores podem explicar a concepção e a percepção da guerra da idade média, bem como o papel privilegiado reservado às armas e aos homens de armas no plano ético e simbólico: Primeiro, o fim do império Romano do Ocidente, e com ele o fim de uma época em que a ordem, a paz e a justiça estavam garantidas; em seguida, a rude intromissão no tecido sócio cultural inicialmente romano e cristão de povos com tradições e concepções germânicas que não permitiam distinguir entre direito civil e uso militar da força; enfim os longos séculos de desordem e de violência que se abateram sobre a Europa, sobretudo entre séculos VI-VIII, acabando por suscitar o desejo difuso de uma força guerreira que reparasse as injustiças e restaurasse a ordem.” (Questão da legitimação das Armas) Pág 474
“Agostinho estabeleceu uma distinção entre as guerras justas e as guerras injustas, declarando firme e explicitamente que o cristão podia com toda serenidade tomar parte da primeira” (O cristão podia combater desde que sua guerra ou a que entrasse fosse considerada justa.) Pág. 475.
“A guerra justa era uma mal, mas um mal menor, em vista do triunfo da injustiça.”
“A guerra justa não podia admitir o desencadeamento da violência”. ”Tendo como objetivo que a ultima destruísse os mais fracos”. (Pequenos fragmentos também da página 475 para melhor