Guerra justa (ensaio filosófico)

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Uma guerra poderá ser considerada justa? Para responder à questão temos primeiro de responder a perguntas importantes, que servem como ponto de partida para resposta à questão. São perguntas como: O que é justo numa situação bélica? Que causas desencadeiam guerras? O que é uma guerra justa? Sendo uma guerra um confronto sujeito a interesses da disputa entre dois ou mais grupos distintos de indivíduos mais ou menos organizados, utilizando armas para tentar derrotar o adversário, parece me justa uma guerra em que os motivos são a legítima-defesa e a proteção dos direitos humanos. Todas as guerras têm causas, sendo, normalmente, as principais: imposição de poder e ideais, estratégia, procura de aumento da economia e riqueza, confronto entre classes sociais, etnias e religiões. O mundo em que vivemos está cheio de conflitos. Não precisamos de estar plenamente actualizados para nos apercebermos disso, basta constatarmos os alarmantes sinais que nos vão chegando através da comunicação social, para compreendermos que de facto vivemos num mundo onde existem guerras constantes. É importante para as organizações mundiais saber avaliar uma guerra, ou seja, é importante para elas saber se uma guerra é ou não justa. Estaríamos a cair numa total ignorância se não quiséssemos saber o que acontece em determinadas guerras, e se se tratam de guerras justas ou não. Por exemplo, é um dever de cidadão saber o que aconteceu na guerra do Afeganistão, em que o objetivo dos EUA era acabar com o terrorismo de que tinham sido vitimas. Eu penso que uma guerra pode ser considerada justa, pois, concordo com a maneira como Michael Walzer avalia as guerras, que, para serem consideradas justas, têm de obedecer aos seguintes parâmetros: Jus ad bellum, justiça relativamente à razão de combater, se segundo isto, uma guerra é justa quando os motivos principais para combater são a legítima-defesa e proteção dos direitos humanos; Jus in bellum, justiça na condução da guerra, em que tem de

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