Guerra do golfo
A ofensiva terrestre é lançada a 24 de Fevereiro. Em 48 horas, os aliados atingem Koweit City. Saddam acentua a articulação que quer estabelecer entre a religião e a guerra, exortando as tropas a expulsar os “novos cruzados” e apelando à jihad, a guerra santificada ou “justa” dos muçulmanos, procurando confundir política com religião, tanto quanto tinha tentado colar a causa palestiniana e o sentimento árabe anti-israelita à causa iraquiana. Dia 26, Hussein ordena a retirada incondicional das suas tropas do Koweit, mas reclama vitória e continua a disparar mísseis, dois contra Israel e um contra uma caserna militar americana na Arábia Saudita, que provoca dezenas de mortos, que os jornalistas são impedidos de filmar ou fotografar. Os iraquianos, que abandonam o Koweit numa imensa caravana automóvel, são surpreendidos na “auto-estrada da morte” por um bombardeamento aliado que pode ter provocado dezenas de vítimas[3]. A 28 de Fevereiro, Bush anuncia o cessar-fogo e declara a derrota de Hussein, que aceita o clausulado da resolução 678 do Conselho de Segurança da ONU. Mas Saddam não