guerra do constestado
Uma agitação tomou conta dos sertanejos da região quando a ferrovia São Paulo – Rio Grande foi aberta. Foram liderados por um ex-soldado da polícia militar do Paraná, Miguel Lucena da Boaventura que se dizia irmão de um curandeiro que vivera no lugar, João Maria. Para dar veracidade à sua afirmação e conquistar a simpatia dos sertanejos, Lucena apresentava-se como mongeJosé Maria.
Sob a liderança de José Maria, os sertanejos iniciaram um combate contra as autoridades locais. Deu-se início a uma luta violenta que entrou para a história do Brasil como Guerra do Contestado.
O combate teve origens em problemas sociais decorrentes da falta de regularização da posse das terras e da insatisfação da população em uma área onde não havia presença do poder público. Fora isso, o panorama foi agravado pelo fanatismo religioso, os caboclos revoltados acreditavam que aquela era uma guerra messiânica.
Esta guerra tinha, em certos aspectos, pontos em comum com aRevolta de Canudos, que ocorrera na Bahia alguns anos antes. As semelhanças entre os dois combates começam com o caráter religioso das batalhas, a fé do povo em um líder e a miséria e o isolamento enfrentado pelos habitantes da região.
Para José Maria, a República era a “lei do diabo”. Por isso, nomeou como “Imperador do Brasil” um fazendeiro que não sabia ler nem escrever, criou a comunidade de “Quadro Santo” e montou uma guarda de honra de 24 cavaleiros que ele intitulou de “Doze Pares de França”, fazendo uma alusão à cavalaria de Carlos Magno na Idade Média.
Porém, após o prolongamento da batalha, os sertanejos não