Guerra de secessão
Guerra de Secessão ou Guerra Civil Americana foi o maior conflito armado da história dos Estados Unidos. De fato, a guerra provocou a morte de cerca de 970 mil pessoas, o equivalente ao mesmo número de norte-americanos mortos nas duas Guerras Mundiais juntas. Os motivos do conflito foram as grandes diferenças socioeconômicas existentes entre os Estados americanos do norte e os do sul. A região norte dos Estados Unidos vivia um período de forte desenvolvimento econômico e industrial, já os Estados do sul eram basicamente agrícolas. No entanto, a diferença fundamental que desencadeou a Guerra Civil foi o fato da existência do trabalho assalariado no Norte e do trabalho escravo no Sul. Abraham Lincoln, candidato do Norte, abolicionista e defensor da liberdade, foi eleito presidente em 1860, fato que desagradou muito o Sul. Preocupados com uma possível abolição do trabalho escravo em seus territórios, onze Estados se desvincularam da União e formaram os Estados Confederados. Os rebeldes aprovaram com uma nova constituição e estabeleceram Richmond, na Virgínia, como capital. Até aí, não havia motivos suficientes para causar uma guerra. Diferentemente do que muitos pensam, a Guerra de Secessão não foi causada pela simples separação dos confederados, uma vez que sob o ponto de vista constitucional, nada obrigava um Estado a permanecer na União. O que iniciou o conflito armado foi o ataque confederado feito ao Forte Sumter, na Carolina do Sul, em 12 de abril de 1861. Tal ataque e a posição dos confederados em considerar a União como inimiga foi proporcionada pelo medo da propagação do abolicionismo. Já a intenção da União e de Lincoln era salvar a unidade territorial dos Estados Unidos. Após muitas vitórias e derrotas de ambos os lados, prevaleceu a lógica: a União venceu. Para se ter uma ideia, dos 31 milhões de norte-americanos daquela época, 20 viviam nos Estados do norte. Além disso, grande parte da população do Sul era composta por escravos, que