Guerra de Canudos
1. Pesquise e explique a imagem construída pela mídia impressa do Rio de Janeiro a respeito de Antonio Conselheiro. Antonio Vicente Mendes Maciel, posteriormente apelidado de Antonio Conselheiro, foi uma figura muito criticada pela imprensa brasileira, especialmente a carioca. Era tratado pelos jornais como antinacionalista e antirrepublicano, fatores que levaram a mídia a considerá-lo um alienado mental (eufemismo utilizado na época para tratar loucos, incluindo desde suicidas a prostitutas). Essa construção se deu, pois a mídia era, e continua sendo, controlada por grupos seletos, ou seja, os detentores de poder político (tais como os coronéis) e o clero. O primeiro grupo desprezava Antonio Conselheiro por provocar a insubordinação nas massas populares de menor renda. Já o clero, passou a se opor as ações de pregação de Conselheiro, pela perda de adeptos que vinha ocorrendo. Ambos o viam como um fanático religioso ou até mesmo um louco que manipulava as classes mais baixas. Em consequência deste fato, Canudos se tornou uma questão de segurança nacional, possibilitando investidas militares à aldeia. 2. Contextualize a situação socioeconômica do sertão nordestino à época da formação de Canudos. O nordeste passava por diversos problemas econômicos, resultantes da perda da hegemonia na produção açucareira. Além disso, longos períodos de seca como o de 1877 a 1880 dificultavam ainda mais a vida dos menos privilegiados, desencadeando um processo de evasão massiva dos nordestinos para outras regiões. Em virtude dessa situação miserável, o poder era centrado em coronéis e latifundiários, principalmente no sertão nordestino. A vinda de Antonio Conselheiro era vista com bons olhos pelos mais pobres, pois sua pregação era otimista e lhes dava esperança.
3. Explique as características do catolicismo rústico. O catolicismo