Guerra Civil
Grupos envolvidos:
Cristãos maronitas contra os muçulmanos sunitas e drusos.
Conflitos antecedentes:
Os antecedentes do conflito remontam à guerra civil de 1958, quando grupos sunitas muçulmanos e drusos apoiaram o movimento pan-arábico do presidente egípcio Gamal Abdel Nasser, base de uma aliança firmada entre o Egito e a Síria. Sob inspiração dos regimes nacionalistas pró-soviéticos, esses grupos desencadearam uma série de insurreições contra o presidente libanês Camille Chamoun (maronita e pró-americano). Somente a intervenção de tropas americanas pôde impedir a tomada do poder pelos muçulmanos e salvar o difícil "pacto nacional", que garantia a hegemonia dos cristãos sobre os demais grupos étnicos e religiosos no Líbano.
Acumulo de conflitos:
Nos anos seguintes, a luta interna pelo poder foi reprimida. Com uma nova derrota árabe na Guerra dos Seis Dias contra Israel, em 1967, e o massacre dos palestinos na Jordânia em 1970, aumentou para mais de 300 mil o número de refugiados palestinos no Líbano. A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) começou a atacar Israel a partir do território libanês. Israel respondia, bombardeando cidades libanesas, inclusive a capital, Beirute.
Com o aumento das tensões entre os cristãos e a OLP, os maronistas liderados por Pierre Gemayel temiam a perda da hegemonia interna e o envolvimento do Líbano nos conflitos do Oriente Médio, dos quais o país se mantinha afastado desde 1948.
Quartéis do exército libanês foram atacados pela OLP e os palestinos refugiados no Líbano passaram a sofrer cada vez mais. O exército intensificou o controle na fronteira do Sul do Líbano com Israel. Na cidade portuária de Saida, ocorreram violentos confrontos entre o exército e os sunitas, depois da morte do líder deste grupo – Maruf Saad – ferido por uma patrulha militar.
Em Beirute, transformada numa bomba-relógio, a OLP controlava principalmente o bairro Fakhany, onde Iasser Arafat mantinha seu