Guanambi
Segundo relatos de antigos moradores, uma mulher de nome Bela, devota de Santo Antônio, construiu uma casa de taipa nas proximidades do Riacho Belém, na margem direita do Carnaíba de Dentro. Desde então para ali se convergiam os moradores da vizinhança que, juntamente com aquela mulher, todos os anos rezavam benditos e ladainhas para aquele santo. Esse encontro rapidamente se transformou num festejo de muitos dias. Bela promovia festas com frequência, o que atraía muita gente para o lugar, principalmente aos domingos e dias santos. Assim foram surgindo outras casas, cujos moradores procediam de vilas e lugarejos da região.
Outra versão é que Bela tinha uma filha muito simpática chamada Flor. Era comum durante as cerimônias de Santo Antônio, iniciar as festividades apenas depois que todos beijassem a imagem do santo, a começar pela filha da dona da casa, a bonita Flor. Querendo que a festa se iniciasse logo, todos os presentes pediam: “Beija, Flor! Beija, Flor!” Assim, o povo passou a chamar o referido lugar de Beija-flor.
Porém, numa terceira versão, a denominação Beija-Flor, dada ao arraial, veio da pequena ave, da espécie colibri, pois o terreno sempre úmido de vazante, contíguo ao local do arraial, permitia a existência de flores silvestres e, em consequência, a presença de muitos beija-flores.
O nome Guanambi é originário do tupi-guarani, das palavras guainumbi, guanumbi, guanambi, que significam beija-flor.
Em 1870, quando o arraial já se encontrava em desenvolvimento, durante uma missão católica no local, o fazendeiro Joaquim Dias Guimarães doou parte das terras do arraial para a construção de uma capela.
Em 1880, foi criado o Distrito de Paz de Bela Flor pertencente ao município de Monte Alto (Lei provincial nº. 1797 de 23 de junho de 1880). Embora oficialmente tivesse a denominação de Bela-Flor, por muito tempo persistiu o nome de Beija-Flor, com o qual o lugar se tornara conhecido.
No ano de 1919, através da Lei Estadual nº