Seleção do Fluído de corte
Não adianta utilizar um fluido de corte para determinadas operações de usinagem se o mesmo não for o mais adequado para aquela operação. Para resolver esse problema existem diversos fatores que auxiliam na escolha do fluido, para assim poder otimizar ao máximo sua utilização.
Os principais fatores na hora da escolha de um fluido são o material da peça, as condições de usinagem, o material da ferramenta e a operação de usinagem a ser utilizada.
1.1 MATERIAL DA PEÇA
A utilização ou não do fluido vai depender muito do material a ser usinado. Em certos casos a usinagem deverá ocorrer a seco, em outros não se poderá utilizar água e em alguns casos o fluido deverá estar presente em abundância.
Para alumínio, latão, bronze, cobre e magnésio a usinagem deverá ocorrer a seco ou com óleos inativos sem enxofre.Para o magnésio e suas ligas, não se pode utilizar fluidos com água, devido ao risco de combustão, causada pela liberação do hidrogênio.
Quando o material utilizado é aço-carbono, qualquer tipo de óleo pode ser empregado, isso faz com que a escolha do fluido mais adequado dependa de outros fatores e não do material. Para aços inoxidáveis recomenda-se a utilização de fluidos com EP (extrema pressão) para que não ocorra problemas de aresta postiça na ferramenta. No torneamento de aços duros com ferramentas de CBN é recomendável não se utilizar fluidos de corte, a fim de que o calor gerado na apresentação auxilie na usinagem.
1.2 CONDIÇÕES DE USINAGEM
As condições de usinagem podem apresentar cenários mais variáveis possíveis. Temos usinagens extremamente severas, nas quais a peça é exposta a condições extremas de vibrações, temperatura, etc. E também temos usinagens com condições brandas. Essas condições vão afetar diretamente a escola dos fluidos.
Nas usinagens lentas e pesadas, como em corte de dentes de engrenagens, os óleos ativos e viscosos são preferíveis, pois os mesmos apresentam a propriedade de se aderirem as ferramentas.