GUA
Muitas cidades do Brasil estão enfrentando uma das piores crises hídricas de sua história. A falta de água prolongada prejudica e limita seriamente nossas atividades diárias, bem como a produção industrial, o comércio e a geração de energia, só para citar alguns. Nesses momentos de crise, a população fica no meio de um fogo cruzado de informações, muitas reais, muitas fabricadas e/ou manipuladas para desviar a atenção dos fatos. Isso gera a polarização de opiniões, fato indesejável na compreensão de uma questão complexa como é o abastecimento de água nas grandes cidades. A atribuição de culpa – seja do governo, dos governantes, das entidades públicas e das de capital misto – acomoda e desmobiliza aqueles que também têm responsabilidade sobre essa e outras crises de cunho socioambiental: a população.
Nesse ponto, a escola se revela como espaço privilegiado para uma discussão mais madura e que pode empoderar e mobilizar os jovens e suas comunidades a compreender mais e melhor papel do Estado e da população na identificação de problemas e a buscar soluções por meio do diálogo e da participação. Antes de agir, entretanto, é preciso conhecer um pouco mais da complexidade e dos atores envolvidos na crise atual, a fim de identificarmos o papel de cada um e, acima de tudo, qual nosso papel e nossa contribuição.
Esperamos que algumas das atividades propostas nessa apresentação sejam úteis em sua instituição e que ajudem a formar cidadãos mais conscientes e participativos, base fundamental da real democracia. Toda ação que visa o bem coletivo é bem vinda.
Escrito por Edson Grandisoli e Pedro Roberto Jacobi