Grupos de Pressão
Os grupos de pressão surgiram como resposta à deficiência da representação territorial, para defender os novos interesses derivados da moderna sociedade urbano-industrial. Ultimamente, qualquer organização ou movimento que se proponha a influenciar as decisões de governo, executivas ou legislativas, costuma ser denominado como um grupo de pressão. O julgamento de valor sobre eles depende do grau de popularidade da causa que defendem – e não da sua função no sistema de poder. Se a motivação é popular são considerados legítimos. Se forem impopulares são vistos de maneira negativa.
Contrariamente aos partidos políticos, os grupos de pressão não se propõem a conquistar o poder formal. Os Sindicatos de operários são um dos mais importantes grupos de pressão.
Em termos de ciência política trata-se de uma estrutura de articulação de interesses, em contrapartida, os partidos políticos são estruturas de agregação de interesse. Grupos de Pressão são, portanto, porções sociais organizadas, que reúnem indivíduos que possuem interessem em comum e que desenvolvem ações para influenciar as ações no governo. Um exemplo disso são os Índios no Congresso, que compartilham interesses e agem para inspirar decisões de governo favoráveis.
Com a Segunda Revolução Industrial, a auto-suficiência econômica, característica do localismo da sociedade tradicional, é substituída por uma complexa trama de relações interdependentes, na qual cada funcionário desempenhava apenas uma função. Logo, não saberia fazer o determinado produto por conta própria. Essa multiplicação de segmentos sociais não mais pode ser representada pelas antigas formas de representação geográfica de interesses, cuja base passa a ser funcional, especializada e profissional, perdendo sua referência territorial e exigindo