Pressão social nos grupos

9.2 O conformismo para com a ideologia do agrupamento Ao entrar em uma organização para trabalhar, o indivíduo assina um contrato formal com todas as obrigações e direitos e, ao mesmo tempo, aceita outro contrato, o psicológico. Neste contrato fica implícito que se devem aceitar as normas internas, podendo algumas estar em desacordo com a legislação trabalhista. Para cumprir com o contrato psicológico, é necessário que o indivíduo mude suas crenças.

9.2.1 Aceitação da pressão social para conformar Com os conflitos que ocorrem entre as crenças da pessoa e as do grupo, pode ser que através pressão social ela mude seus comportamentos na direção exigida por tal coletividade. Esse fenômeno denomina-se conformismo. Nesse processo de mudança ocorrem conflitos entre os comportamentos exibidos e os esperados e a submissão às imposições grupais, dentro de graus variáveis de aceitação íntima ou obediência exterior. Uma das explicações para a pessoa se conformar ao grupo baseia-se na dissonância cognitiva, que é a sensação desagradável decorrente da existência de cognições incompatíveis entre si (Krech et al., p. 310 e 330). Esse desconforto ocorre quando existe discrepância entre o que o indivíduo pensa a respeito de modos de agir e os sugeridos ou determinados pela coletividade. 1. PROCESSO DA REDUÇÃO DA DISSONÂNCIA COGNITIVA.
É natural que se queira reduzir a sensação de desconforto sentida em uma situação. No caso de se sofrer pressão grupal, a redução da dissonância pode ser tentada de várias maneiras:
- concluir que as outras pessoas não são comparáveis a nós, como um trabalhador que resiste a pressão dos demais operários e consegue produzir mais que eles;
- tentar mudar as atitudes dos demais, onde se mantém as próprias convicções e tenta alterar as dos demais;
- alterar as próprias cognições (crenças, opiniões e convicções a respeito de si mesmo, de outros e do mundo como um todo), adaptando-se às outras pessoas (Festinger, p. 164-165). Em um caso