Gravidez e sexualidade
Este é, talvez, o tema mais delicado e difícil de ser abordado pelo casal grávido, não obstante as dúvidas e ansiedades que suscita. Homens e mulheres ainda sentem muito constrangimento em falar sobre sua própria sexualidade, principalmente no tocante às dificuldades, mesmo que seja entre parceiros. Assim, quando o obstetra afirma que o casal deve abster-se de sexo por ser uma gravidez de risco, ninguém contesta nem sequer procura saber o que é ou não permitido e o que fazer quando a sexualidade aflora, uma vez que ela não deixa de se manifestar porque houve uma restrição médica. Emocionalmente, uma bomba foi lançada no relacionamento conjugal. O casal, assustado, passa a evitar todo tipo de contato, fica muito mais fragilizado e distante e a ansiedade que poderia ser amenizada momentaneamente através do orgasmo, intensifica-se, criando novos temores e angústias. Este pode ser, então, o momento de grandes descobertas amorosas. Se o casal encontra-se num relacionamento estável, maduro e sólido, quando a vinda de um filho poderá uni-los de modo mais pleno ou mesmo se a intimidade entre os parceiros propicia um diálogo aberto e honesto, há possibilidade de se poder descobrir outros jeitos de fazer amor, sem que haja penetração. A criatividade sexual pode entrar em cena, através de jogos eróticos, novas posições e novas fontes de prazer, que transformarão tudo numa grande aventura, plena de lances inusitados e estimulantes, onde cada um poderá expressar suas preferências e fantasias mais íntimas. Tudo é permitido desde que haja harmonia entre o casal, que deve buscar o bem-estar mútuo e um maior equilíbrio emocional, diminuindo as ansiedades e angústias próprias desse período. Essas experiências amorosas e sensuais marcarão o início de uma vida sexual mais prazerosa e satisfatória e, certamente, aprofundarão o relacionamento conjugal de maneira mais duradoura. Mesmo o casal que não sofreu restrição quanto às relações sexuais, também deveria