Gravidez tardia
Nwoso e cols. (1976), passaram a defender a teoria da insuficiência adrenocortical, baseados nos estudos experimentais de Liggins (1968) e Chez e cols. (1970). Em 1972, Liggins e cols. acrescentaram novas evidências acerca do papel do cortisol na etiologia da gravidez prolongada. Esses pesquisadores demonstraram que o cortisol liberado pelos fetos de termo de ovelhas induz o aumento da prostaglandina F2-alfa-placentária, e que esta substância proporciona aumento da sensibilidade do miométrio à ação da ocitocina endógena. A anencefalia é fator fetal que, indiscutivelmente, determina prolongamento da gestação. Outras situações, como deficiência em sulfatase placentária, atividade endócrina excessiva da placenta, fatores intrínsecos do miométrio, fator cervical, e fator iatrogênico, são conjecturadas como causadoras de gravidez prolongada (Miyadahira, 1999). Os índices de gravidez prolongada existentes na literatura variam entre 3,5% e 10%, quando se leva em consideração a duração entre 40 e 42 semanas (Lindell, 1956; McClure-Brown,1963; Boisselier e Guettier,1995). Estudos epidemiológicos tem mostrado que a frequência é mais elevada nas populações de baixo nível socioeconômico e entre as mulheres que apresentam ganho ponderal excessivo (Zwerdling,1967; Nwoso e cols.,1976; Eden e cols.,1976; Kanadis e Olezczuk,1999; Valentin e cols.,2003). Algumas observações indicam incidência maior com gestantes com idades mais avançadas, assim como as primigestas parecem ter predisposição maior quando comparadas com as multigestas. (Sarvier,2005).
Na pós-maturidade, apesar de a regressão do complexo endócrino-metabólico propiciar o desenvolvimento do parto, ele não se deflagra, mesmo findo o termo biológico. A anormalidade,