Grandes Navegações
A expressão "Grandes Navegações" é usada para se referir às várias expedições marítimas organizadas nos séculos 15 e 16, principalmente por Portugal e Espanha. Elas ajudaram a marcar a passagem da Idade Média para a Idade Moderna, resultaram na descoberta de um novo continente a ser explorado pelos europeus, a América, e num grande impulso para o aumento do comércio da Europa com a Ásia e a África. O início dessa corrida maluca pelos mares foi incentivada pela tomada da cidade de Constantinopla pelos turcos em 1453. "Por ali passava a maior parte do comércio europeu com o Oriente. Quando a cidade caiu sob controle muçulmano, foi necessário encontrar novos caminhos para comerciar com a Ásia", diz o historiador Josh Graml, do Museu dos Navegantes, em Newport News, nos Estados Unidos. Além dessa questão econômica, outras razões impulsionaram as Grandes Navegações.
Uma delas foi o espírito da Renascença, um movimento artístico e científico que teve início no século 15 e que passou a questionar o pensamento tradicional da Idade Média, as visões sobre os limites geográficos do planeta, além de incentivar a busca por novos aprendizados. "Devido à Renascença, os carpinteiros e estaleiros haviam se tornado mais habilitados a construir navios mais resistentes", diz Graml. Ainda havia os motivos religiosos (a ideia de espalhar o cristianismo pelo mundo) e políticos (a conquista de novos territórios era uma forma de expandir impérios). Só mesmo com tantos incentivos assim é possível entender como os navegantes da época se lançavam em perigosas jornadas marítimas. Até então, o conhecimento geográfico era limitado e circulavam muitas lendas sobre monstros marinhos e oceanos que se abriam para engolir navios. As tecnologias navais eram primitivas e doenças dizimavam as tripulações, vítimas das precárias condições de vida a bordo dos navios.
CONSEQUÊNCIAS DAS GRANDES NAVEGAÇÕES
Sistema colonial português
Dominação das civilizações