As Grandes Navegações
Abordaremos neste texto, o tema As Grandes Navegações, que corresponde ao período de transição da idade antiga para idade média no século XV, período também que se dá à passagem do sistema feudal para o capitalista.
No início do século XV, Portugal passava por crise econômica. O enfrentamento da mesma demandava buscar rotas alternativas para ampliar a produção de alimentos, obter metais preciosos para suprir a escassez de moedas; romper o monopólio exercido pelas cidades italianas no Mediterrâneo responsável pelo encarecimento das mercadorias vindas do Oriente.
Na busca por novas rotas de comercialização o mercado europeu começa a se expandir; as grandes navegações proporcionam a ascensão da burguesia, que por sua vez procura romper com o feudalismo, pois o poder é detido pelos senhores feudais.
O feudalismo já trazia consigo sinais que transparecia a mudança do sistema: a circulação monetária, concentração do poder devido à grande quantidade de propriedade, além dos impostos estatais que começam a competir com os senhoriais.
Segundo Pierre Vilar (2003 p.39)
“... não podemos falar de verdadeira passagem ao capitalismo senão quando regiões suficientemente extensas vivem sob um regime social completamente novo. A passagem somente é decisiva quando as revoluções políticas sancionam juridicamente as mudanças de estrutura, e quando novas classes dominam o Estado...”
A passagem do sistema feudal para o capitalismo se dá à medida que a expansão comercial europeia avança, criando novas formas de comercialização e, consequentemente, mudando os detentores do poder. O desenvolvimento do capitalismo e de uma economia de mercado levou à centralização monárquica, centralizando o poder nas mãos do rei, efetivando o sistema capitalista que tomaria novos rumos.
Portugal pretendia chegar às índias com o intuito de obter especiarias, e para tanto, precisaria da concessão dos árabes para utilizar as rotas marítimas já estabelecidas, pois essas