Grande demais para quebrar
Usa linguagem técnica, explica porque os cidadãos comuns passaram a investir suas economias em imóveis, como os bancos incentivaram os empréstimos, supervalorizaram as transações, amarraram as seguradoras no processo, investiram em transações de alto risco, encheram o bolso de dinheiro e levaram à falência vários bancos importantes e milhares de cidadãos americanos quando a situação ficou insustentável.
O filme mostra o interessante jogo de interesses entre os banqueiros, que se veem na eminência de quebrar e provocar um colapso sem precedentes, do Congresso americano, que precisa votar de acordo com os interesses eleitoreiros, do FED (Federal Reserve System), ou seja, o Banco Central Americano, que falhou em deixar as rédeas da economia nas mãos das raposas e então, precisou correr para salvar o rebanho. Paulson, que com certeza não é o bonzinho que o filme pinta, é retratado como sendo o arquiteto de um acordo improvável de salvamento dos bancos e da gigante seguradora AIG, no último minuto antes do colapso da economia.
Com mais ênfase no Secretário do Tesouro do governo Bush e no CEO do Lehman Brothers, à época o quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos e que veio a quebrar. O roteiro faz uma rápida leitura dinâmica dos fatos caóticos e traz uma versão enxutíssima em poucos segundos para contextualizar o público sobre o sistema financeiro americano.
A trama se debruça nos pontos que levaram o Lehman Brothers à bancarrota, apesar dos esforços para que isso não acontecesse. Porém, quando se acreditava que isso era inevitável, o governo simplesmente o deixou afundar de vez, para tentar, assim, salvar