Grafismo e sociedade do espetáculo
Instituto de Letras e Comunicação
Programa de Pós-Graduação Comunicação, Cultura e Amazônia
Mestrado Acadêmico em Ciências da Comunicação
Otoniel Lopes de Oliveira Junior
GRAFISMO E ESPETÁCULO:
O grafismo indígena como espetáculo da propaganda
UFPA - BELÉM
2015
GRAFISMO E ESPETÁCULO:
O grafismo indígena como espetáculo da propaganda1
Otoniel OLIVEIRA2
Resumo: Este artigo faz um breve estudo da cultura midiática na imagem do corpo indígena ostentando grafismos e dos enunciados que caracterizam os sujeitos sempre com grafismos nas suas veiculações espetaculares e midiáticas. Nas duas duas campanhas de propaganda, a primeira para as Sandálias Havaianas no projeto Y Katu Xingu, na mídia impressa, e a outra no filme que é um dos episódios da campanha The Walkers do uísque Jhonnie Walker. Para tanto, fez-se necessário um recorte histórico, social e cultural da sociedade brasileira e do modo pelo qual a imagem indígena se insere, para, nesse ponto, fazer um paralelo entre o sentido cultural do grafismo para o indígenas em contraponto ao que é apresentado no espetáculo da propaganda.
Palavras-chave: Espetáculo, Imagem, grafismo, publicidade, moda.
1 INTRODUÇÃO
Este artigo tem como principal questão a utilização dos grafismos indígenas como uma forma de espetacularização da figura do indígena, reforçando um estereótipo cultural, levando a um estudo breve sobre a cultura midiática e a imagem indígena.
O grafismo, para um parâmetro de definição do que será trabalhado aqui, compreende-se a manifestação imagética de discursos no corpo, todos eles com uma intenção e sentido que muitas vezes supera a mera intenção estética e efetivamente é uma mensagem, uma comunicação. Os grafismos, diferentemente de outras possíveis manifestações e modificações corporais tais quais os alargadores de orelhas e lábios, não é perene, feito tradicionalmente com urucum ou jenipapo, o grafismo é usado em uma situação específica em