No Brasil dos anos 50, vários murais arrematavam as fachadas dos edifícios narrando temas da historia e da arte brasileira, como o realizado por Di Cavalcanti, com cerca de 15 metros de comprimento , na fachada do Teatro de Cultura Artística , na região central de São Paulo. Esse dado sobre muralismo, junto com a pop art. , já apontavam para origem do graffiti contemporâneo enquanto expressão artística e humana. Essa manifestação, que começa a surgir no Brasil já nos anos 50, com a introdução do spray, segue pelos 60, passa pelos 70 e se consagra como linguagem artística nos anos 80, conquistando seu espaço na mídia, chegando à Bienal, a manchetes de jornais e até as novelas de TV, seguindo pelos anos 90, e assim diante, em constante evolução. Considerando pós-moderno, não podemos confundi-lo com pinturas em muro que, não advindo do novo, se enquadram, de uma forma ou de outra, nos padrões convencionais de pintura e não possuem uma produção considerável. Vale lembrar que toda manifestação artística representa a situação histórica em que esta ocorre, não por que necessariamente toda arte deva ser engajada, mas porque é realizada pelo sujeito histórico dentro de um contexto histórico-social e econômico. No entanto, o graffiti utilizando-se da cidade como suporte , a de retratar a situação , nesse meio presenciada ou vivida , assim relaciona automaticamente com a pichação também, cujo seu veiculo de existência também é o espaço urbano. Assim como o graffiti a pichação interfere no espaço, subverte valores, é espontânea, gratuita, em fim. Mas há diferenças, entre o graffiti e a pichação, é que o primeiro (graffiti) advém das artes plásticas e o segundo da escrita, ou seja, o graffiti privilegia a imagem, a pichação, a palavra ou a letra , sempre retratando o que a de convir ao contexto . O graffiti ao utilizar o meio urbano como forma de expressão, contrario aos demais movimentos artísticos , que se inserem na sociedade através de um trabalho muitas vezes