Graduação
FINLEY, Moses I. Mito, memória e história, in, Uso e abuso da história. São Paulo, Martins Fontes, 1989. Pp. 3-27.
Moses Finley vai tratar, no primeiro capítulo de “Uso e Abuso da História”, da visão na Grécia Antiga sobre as abrangências dos mitos e da História, suas importâncias e campos. Demonstrando o quanto a visão de temporalidade, passado e tradição se transformaram ao passar dos anos.
Finley (Moses I. Finley) nasceu em Nova York em 20 de maio de 1912 e morreu no dia 23 de junho de 1986. Ele foi educado nas universidades de Siracusa e Columbia. Apesar de ter feito, em 1929, mestrado em Direito Público e ter trabalhado como um caixeiro legal, ele começou a estudar história antiga com William Linn Westermann. Em 1954, depois de ter sido atacado por suas opiniões de esquerda e ter se recusado a responder perguntas da subcomissão de segurança interna, criada pelo senador Pat McCarran, Finley emigrou para a Grã-Bretanha. Nesse país, ele foi nomeado professor de História Clássica em Cambridge (1955-1964) e, em 1957, eleito para um clube no Jesus College. Finley passou o resto de sua vida lecionando em Cambridge, tornando-se um cidadão britânico em 1962. Ele era pesquisador de História Antiga Social e Econômica (1964-1970) e professor de História Antiga (1970-1979) e 1976-1982, mestre do Darwin College, em Cambridge. Ele foi nomeado cavaleiro em 1979, recebendo o título de Sir.
Muitos escritos de Finley sobre a sociedade, a economia e as formas políticas da Grécia antiga influenciaram companheiros de estudo e o público em geral. Sua formação em história e direito lhe havia familiarizado com as ideias de estudiosos como Marc Bloch, Henri Pirenne, Thorstein Veblen, e os freudianos; e sua associação com a escola de Frankfurt reforçou seu interesse em Karl Marx. Mais tarde, porém, ele ficou insatisfeito com o marxismo, preferindo a ênfase de Max Weber. Seus esforços sempre estiveram voltados para que as sociedades fossem estudadas como um