graduação
L. Trotsky (A III Internacional depois de Lênin)
As questões organizativas do bolchevismo estão ligadas inseparavelmente às questões do programa e das táticas. O projeto do programa toca nesse tema apenas de passagem ao se referir à necessidade de “manter a estrita ordem revolucionária do centralismo democrático”. Essa é a única fórmula que define o regime interno do partido e é, além de tudo, completamente nova. Sabemos que o regime interno do partido é baseado nos princípios do centralismo democrático. Isso pressupõe na teoria – e também acontecei na prática – que o regime de centralismo democrático significava a completa possibilidade do partido discutir, criticar, expressar insatisfação, eleger e depor, assim como envolvia uma disciplina de ferro na ação, assegurada plenamente por órgãos diretivos eleitos e revogáveis. Se por democracia era entendida a soberania do partido sobre todos os organismos, então centralismo significava uma disciplina corretamente estabelecida, consciente, que garantia a capacidade combativa do partido. Agora, no entanto, a essa fórmula de regime interno do partido que foi aprovada nos testes em todo o passado, um critério totalmente novo foi acrescentado, aquele da “estrita ordem revolucionária”. Parece que apenas o centralismo democrático, não é mais suficiente para o partido, que agora requer uma certa ordem revolucionária do centralismo democrático. Está simples fórmula coloca a nova idéia de “ordem revolucionária” acima do centralismo democrático, isto é, acima do partido.
Qual o sentido dessa idéia de ordem revolucionária – e uma ordem “estrita” – que está acima das idéias de democracia e centralismo? Significa um aparato partidário completamente independente do partido ou que aspira a tal independência – uma burocracia auto-suficiente que supostamente deve preservar a “ordem”, independentemente das massas do partido, apta a suspender ou violar a vontade do partido, pisar nos seus