Graduação

1) Como descreve a religiosidade e a sexualidade tupinambá?
Segundo Jean de Léry, a religiosidade tupinambá é espantosa. Eles não tinham conhecimento da existência de Deus, não adoram qualquer divindade terrestre ou celeste. Não há nenhum ritual, nem lugar determinado de encontro para a prática de serviços religiosos, nem oram em público ou em particular. Não acreditam na imortalidade da alma e na ressurreição dos mortos. A sexualidade tupinambá da mulher começa a partir da sua primeira menstruação, após a mesma, ela passará por um ritual onde o objetivo é proteger seu corpo de coisas ruins que ela pudesse entrar em contato, e principalmente para haver o reconhecimento de sua entrada para a vida adulta. Após este ritual, a mulher estará pronta para se casar e engravidar. Já para o homem, a sua vida sexual só começa depois que ele completar 25 anos e matar um inimigo. A aldeia reprova o casamento e relações sexuais com meninas que ainda não se tornaram mulheres, mas permitia que o homem se relacionasse com mulheres velhas que fossem estéreis, essa aprovação ocorre devido à necessidade que o homem tinha de alimentos, incluindo a preparação, lenha e fogo durante a noite, só podendo troca-la após matar um inimigo.
2) Analise, em linhas gerais, quais foram as visões mais comuns de europeus sobre as populações e territórios da América, e do Brasil em particular.
Eles consideravam a América um continente úmido, com terra de qualidade, enorme quantidade de água, extensão em florestas, e sobre tudo o estado bruto que a natureza se encontra. Segundo os mesmos, as populações que ali habitavam agiam e viviam como animais, incapazes de entender um gesto cortês, são animais ferozes, inumanos, brutos, irracionais, esta última chega ao ponto de comerem seu semelhante, como cita o autor: “são cães em se comerem e matarem, e são porcos nos vícios e na maneira de se tratarem”, são animais que não utilizam a razão. Era uma humanidade monstruosa, tais monstros pareciam homens