1.1 - A velha economia institucional A "velha" economia institucional é um corpo teórico bastante heterogêneo, assim como sua homônima caçula. Várias de suas principais características podem ser encontradas isoladamente em autores tão díspares quanto Marx e Pareto (Baslé: 1998). Todavia, o institucionalismo em economia, enquanto "escola" do pensamento econômico, pode ser datado e identificado com mais precisão. Baslé (1998) observou que os primeiros economistas de corte institucionalista foram os economistas alemães vinculados à escola histórica alemã de finais do século XIX. Idealistas, nacionalistas, empiricistas, e profundamente influenciados pela biologia darwinista, seus principais representantes (Gustav Schmoller; Adolph Wagner e Wilhem Roscher) construíram o institucionalismo alemão a partir da crítica aos economistas clássicos liberais (e depois aos neoclássicos). Recusaram destes, fundamentalmente, a hipótese da possibilidade de uma ordem socioeconômica autorregulada repousar exclusivamente nos atributos individuais de racionalidade e liberdade. Criticando o caráter abstrato e a-histórico das análises dos economistas liberais, reivindicavam a dimensão histórica dos fenômenos econômicos e propunham tomar, em substituição ao indivíduo, as instituições e sua evolução (através dos processos de mudança e adaptação) como unidade de análise1. Outro aspecto importante do institucionalismo alemão era o tratamento dispensado à política social, e que posteriormente iria influenciar profundamente a política norte-americana nas décadas de vinte e trinta. A esse respeito defendiam soluções novas para a questão social, partindo da consideração que o Estado é uma agência positiva cuja assistência é uma das condições indispensáveis ao progresso humano. Esse tratamento da questão social respondia pelo reformismo político característico do institucionalismo alemão. Contudo, seu caráter nacionalista o conduziu a uma