Graduanda
Economias de aglomeração consistem em ganhos de produtividade que são atribuídos à aglomeração geográfica das populações ou das atividades econômicas. “Como a fonte dos ganhos de produtividade se situa no exterior das empresas, no meio que as rodeia, fala-se de economias externas ou externalidades [...]” (POLÈSE, 1998, p.77).
Medir a produtividade traduz-se em determinar uma relação entre o número de outputs (saídas ou resultados) e o número de inputs (entradas – matérias-primas, insumos) de determinado processo. Essa medição, por vezes, não se revela satisfatória, particularmente quando envolve o setor terciário da economia, os serviços de um modo geral: saúde pública, educação, turismo, etc. Os ganhos de produtividade estão na origem do processo de desenvolvimento econômico, daí a importância de procurar estudar os que decorrem da aglomeração geográfica das atividades econômicas e das populações.
O conceito de externalidade portanto, está diretamente vinculado à noção de espaço geográfico. Existem, em qualquer local, externalidades positivas e externalidades negativas. Quando a externalidade é positiva se tem uma fonte de economia externa, também chamada de efeito de transbordo ou efeito de vizinhança (neighbourhood). Quando a externalidade é negativa se tem uma fonte de deseconomia externa, normalmente relacionada a aspectos ambientais – engarrafamentos, poluição, etc.
Do mesmo modo que as economias de escala, de natureza interna às empresas, as economias externas possibilitam ganhos de produtividade, associados a uma determinada localização, ou seja, menores custos de produção, com a vantagem de que a empresa não assume a totalidade dos custos (pode assumir uma parcela) em que o sistema econômico incorreu para gerar tais economias externas, as externalidades positivas.
As economias de aglomeração podem assumir duas formas principais: economias de localização ou de justaposição e economias de urbanização.
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